aA

             

Histórico de Embu-Guaçu

Embu Guaçu é um Município de importância capital. Cem por cento de sua área encontra-se em região de mananciais que abastecem de água a Grande São Paulo.
A cidade nasceu no século XIX quando as terras eram rota dos desbravadores que saiam Brasil adentro em busca de ouro e metais preciosos. Um desses sertanistas, José Pires de Albuquerque, impressionou-se com a beleza da região e aqui, utilizando-se da mão-de-obra escrava, mandou construir uma casa de taipa, a primeira a ser erguida nas cercanias (hoje patrimônio da Pauquima – Ind. Química Paulista S/A).
Ilha de Itararé foi o primeiro nome dado à região, pois se julgou que esta era uma grande ilha fluvial, tal a quantidade de rios. Depois veio a denominação M’Boi Guaçu e finalmente Embu Guaçu que na língua tupi-guarani quer dizer cobra grande, também numa alusão à quantidade de longos rios que cortam a área.
Muito verde, uma represa que se perde de vista entre as montanhas rochosas, os sons dos pássaros, quedas d’água, isso tudo pode ser visto nas matas de Embu Guaçu.
Um excelente local para iniciar uma caminhada é a partir do Bairro Santa Fé. Nos primeiros vinte minutos, como é normal em qualquer caminhada, vai se sentir calor, mas quando começa a entrar na trilha fechada há uma queda na temperatura. O destino será atravessar a montanha em, aproximadamente, 1 hora e dez minutos. Lá se avistam casas abandonadas e várias nascentes d’água que dão origem a pequenas cachoeiras de águas claras e frias.
Partindo do Bairro Congonhal pelo km 47 da Estrada Brasílio Vieira com muito verde ao redor e várias olarias desativadas, a paisagem parece uma pintura de interior, especialmente quando se avistam jaguatiricas e dar de cara com alguns bugios (macacos).
Pelas margens do rio Burrinho tem-se a oportunidade de conhecer sete fornos usados, provavelmente, na década de 40, para produção de carvão. Construídos de tijolos no formato de iglus, os fornos tem 1,90 m de altura, onde cabem oito pessoas em pé. Seguindo esse caminho chega-se à Represa da antiga Fazenda da Ilha.
O progresso começou a chegar em Embu Guaçu por volta de 1930, com os trilhos da estrada de ferro Mairinque/Santos (antiga estrada de ferro Sorocabana, atual Ferroban). A ferrovia transportava café produzido no interior até o Porto de Santos.
Uma antecipação de que viria a ser a vocação de Embu Guaçu foi dada pelos ingleses da Light, que construíram o Reservatório de Guarapiranga, em 1912: Em 1927 a água desse reservatório passava a abastecer a cidade de São Paulo.
A primeira rodovia a passar por Embu Guaçu ligava o município a Itapecerica da Serra (atual SP-234, a “Prefeito Bento Rodger Domingues”). Depois veio a SP-214 (hoje chamada “Rodovia José Simões Louro Júnior”, em homenagem ao primeiro prefeito da cidade), ligando o Embu Guaçu ao bairro paulista de Santo Amaro. E, para completar, a SP-216 a “Estrada da Mina de Ouro”, totalmente pavimentada até o bairro de Congonhal, responsável pela ligação de Embu Guaçu à Rodovia BR-116, a Regis Bittencourt.
Junto com Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Juquitiba e São Lourenço, Embu Guaçu forma a região Sudoeste da Grande São Paulo. Possui área de 171 km2 e teve sua autonomia conquistada de Itapecerica em 31 de dezembro de 1963. Situa-se a 23° 49’ de latitude sul e 46° 49’ de longitude limitando-se a oeste com Itapecerica; ao sul com Juquitiba; a leste com São Paulo. Está a 40 km de distância do marco zero da Capital, localizado na Praça da Sé. A altitude predominante na região está em torno dos 750 a 850 metros. O ponto mais alto é o monte Chiqueiro, com 1028 metros, entre os municípios de Cotia e Itapecerica. A área territorial de Embu Guaçu é classificada como a transição entre as escarpas da Serra do Mar e Planalto.
De todos os municípios da região, é um dos únicos que conserva a vegetação nativa, como manacás, angicos, jacarés, bromélias, tafias, pau-incenso, araucárias, cedros, ipês e outros. Embu Guaçu, possui algumas indústrias mas tem sua economia calcada na atividade rural, produzindo arroz, batata doce (é a maior da região), batata inglesa, feijão, mandioca, cana forageira e tomate, além das frutas: banana, caqui, laranja, limão e tangerina.
O Município integra o “cinturão verde” da Grande São Paulo, com os bairros de Lagoa Grande e Recanto da Lagoa Grande. Patrimônio Ecológico – dotado de muito verde e de uma paisagem estonteante, Embu Guaçu se destaca dos outros Municípios da Grande São Paulo pela conservação de suas características naturais. Sendo fundamental dentro do ponto de vista do equilíbrio ecológico, a várzea de Embu Guaçu que, segundo o Eng. José Antônio Nunes, tem a importância no controle de enchentes e na manutenção da fauna aquática de toda a região metropolitana.
A apenas 40 km da Praça da Sé e com 60 mil habitantes – de acordo com o censo – o município tem todo o seu território dentro da área de drenagem da bacia Guarapiranga e, por esse motivo, é 100% protegido pela Lei dos Mananciais Hídricos do Estado de São Paulo. “A várzea de Embu Guaçu é um dos grandes patrimônios ecológicos da Bacia do Guarapiranga, onde podemos dizer tranqüilamente que ela tem um significado para a região metropolitana tão importante quanto o Pantanal ao Brasil”, explica o Eng. Nunes.
A vegetação de Embu Guaçu é muito rica, e a sua preservação é importante não só na questão da pureza da água, mas também para o ar e a qualidade ambiental de toda a região. Por se tratar de município 100% em área de proteção aos mananciais, não há espaço para a industrialização, e fiel à sua vocação ecológica foi criado em setembro de 1997, por obra da prefeitura local que despendeu 1.550 mil reais, o Parque da Várzea de Embu Guaçu com 3.300 metros quadrados, propicio a readaptação de animais ao seu habitat natural e a estabelecer o contato do homem com a natureza nativa.

FESTAS TÍPICAS - Festa Junina – com barracas, danças e comidas típicas (a mais famosa da região) - Torneio de pesca – pescadores de todo o Brasil, se encontram para contar suas histórias - Super cross – torneio agita a cidade com saltos radicais e muita adrenalina - Trilha dos Fornos – ar puro, bromélias e árvores centenárias fazem parte do que se poderá observar ao caminhar ás margens do rio Burrinho, além de conhecer os fornos escondidos há mais de 50 anos, construídos pelos escravos - Corpus Christi – tapeta de 300 metros confeccionado pelos próprios fiéis - Festa do Peão de Boiadeiro – baile do cowbói, barracas, comidas típicas, shows e muitas atrações - Festa da Primavera – exposições de flores, shows, comidas típicas e passeio ciclístico - Trenzinho – passeio até Santos em contato com a natureza, túneis, cachoeiras, a mais bela vista da Serra do Mar.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Embú-Guaçu, por Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, no Município de Itapecerica da Serra.
Distrito de Embu-Guaçu com terras desmembradas do Distrito da Sede do Município de Itapecerica da Serra e da 37ª zona industrial, Capela do Socorro, do Distrito da Sede do Município de São Paulo.
No quadro fixado, pelo referido decreto-lei, para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Embu-Guaçu figura no Município de Itapecerica da Serra, assim como no fixado pela Lei Estadual nº 233, de 24-XII-1948 para 1949-1953.
Grafado Imbuguaçu no quadro territorial fixado pela Lei Estadual nº 2456, de 30-XII-1953, ainda no mesmo Município.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01-VII-1960.
Elevado a categoria de município com a denominação de Embú-Guaçu, por Lei Estadual nº 8092, de 28 de fevereiro de 1964, desmembrado de Itapecerica da Serra. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 28 de março de 1965.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o Município de Embu-Guaçu é constituído do Distrito Sede.
Lei no 768, de 03 de março de 1990, cria o Distrito de Cipó-Guaçu e incorpora ao Município de Embú-Guaçu.
Em divisão territorial datada de 01-VI-1995, o município é constituído de 2 Distritos: Embú-Guaçu e Cipó-Guaçu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.

Fonte
IBGE - Cidades

Síntese dos dados de Embu-Guaçu

IndicadorUnidadeValorAnoFonte
Dados Gerais
Site da prefeitura - www.embuguacu.sp.gov.br 2014 Governo do Estado de São Paulo
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - 0.75 2010 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - ONU
IPRS - Índice Paulista de Responsabilidade Social - 4.00 2010 Seade
Área territorial Km² 155.64 2013 IBGE
População - 66,273.00 2013 IBGE
Densidade demográfica Habitantes/km² 426.00 2013 IBGE
Indicadores Econômicos
Taxa de crescimento anual de 2002 à 2011 a preços do ano de 2013 pelo IPCA - IBGE em % 0.04 2012 IPCA/IBGE
PIB - Produto Interno Bruto milhões R$ 740,963.49 2012 IBGE
PIB per capita milhões R$ 11,640.67 2012 IBGE
Participação no PIB do Estado milhões R$ 0.00 2012 Seade
PIB Indústria milhões R$ 378.16 2012 Seade
PIB Serviços milhões R$ 180,310.12 2012 Seade
PIB Agronegócios milhões R$ 462,824.80 2014 Seade
Exportações US$ dólares 2,165,644.00 2014 MDIC
Participação nas exportações do Estado em % 0.00 2013 MDIC
Principais setores industriais (cinco) em 2012 - Serviços de pré-impressão, Fabricação de estruturas metálicas, Fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica, Outros serviços de acabamento em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário e Fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos não especificados anteriormente 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Principais produtos agropecuários - Cultivo de eucalipto, Cultivo de flores e plantas ornamentais, Criação de bovinos para corte, Horticultura, exceto morango 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Mercado de Trabalho
Total de vínculos empregatícios - 12,100.00 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Rendimento médio (R$) R$ 1,586.40 2013 RAIS / Ministério do Trabalho e Emprego
Participação da indústria nos vínculos empregatícios em % 0.46 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Participação da construção civil nos vínculos empregatícios em % 0.02 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Participação do comércio nos vínculos empregatícios em % 0.24 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Participação dos serviços nos vínculos empregatícios em % 0.28 2013 Ministério do Trabalho e Emprego
Participação da agropecuária nos vínculos empregatícios em % 0.00 2013 Ministério do Trabalho e Emprego

+ Projetos

  • 1